O Orelhão de Cartão (Oi) é uma peça icônica que marcou a história da comunicação no Brasil, trazendo modernidade e praticidade ao uso dos telefones públicos. Enquanto os primeiros telefones públicos surgiram nas calçadas brasileiras em 1971, a revolução veio em 1992, com a substituição das antigas fichas telefônicas pelos cartões telefônicos indutivos. Essa tecnologia, desenvolvida no Brasil pelo CPqD da Telebrás, permitiu um avanço significativo na infraestrutura e no acesso às comunicações.

No final dos anos 1990, já havia mais de 350 mil telefones públicos operando com cartões no país, com uma distribuição mensal de cerca de 40 milhões de unidades. Os cartões, além de serem meios de pagamento, se tornaram itens de cultura e arte, estampando temas variados que incentivaram o colecionismo, conhecido como Telecartofilia.

O Orelhão não era apenas uma solução tecnológica, mas também um símbolo de inclusão social em uma época onde a telefonia móvel era um luxo. Modelos como o da OI, com seu design característico, são lembranças vivas de uma era em que conectar-se com o mundo dependia de uma ligação pública feita no meio da rua.